As alunas do Curso de Artes, no âmbito da disciplina de Oficinas de Artes e Materiais e Tecnologias, lecionada pelo professor Fernando Borlido, elaboraram um conjunto de infografias com regras de aulas online. Apresentamos, de seguida, o testemunho do professor Fernando Borlido e das alunas que realizaram este trabalho.
Num processo de ensino-aprendizagem, todos os desafios propostos devem ser sempre recebidos com prazer, porque permite muitas vezes conciliar os conteúdos teóricos abordados com a experimentação prática de diferentes formas de registo.
Disciplinas como Oficinas de Artes e Materiais e Tecnologias permitem a implementação de projetos de trabalho (turma/escola/comunidade) com temas transversais, procuram desenvolver nos alunos uma reflexão crítica sobre as interpretações possíveis, capacidade de agir, mas sobretudo valorizar o processo de cada um.
O desafio proposto pela Direção do Agrupamento e aceite por todos, resume-se na criação de uma infografia sobre as regras para as aulas de ensino online. Solicitou-se às alunas, que olhassem para o conjunto de regras com o olhar de “jovens e adolescentes” e que transformassem esse conjunto de informações em algo apelativo e alegre. Quatro tempos de aulas síncronas e duas assíncronas foi o tempo disponibilizado, ou seja, um tempo limitado para este tipo exercício, mas mesmo assim, valeu o esforço destas alunas, pois o resultado final de todo o trabalho foi muito interessante, quer pelos projetos gráficos apresentados, quer até pelas reflexões críticas de cada aluna.
“Neste projeto usei cores mais claras para uma visão menos pesada e uma apresentação mais apelativa e simples, resumi as regras para tornar a leitura mais simples para os alunos, principalmente os mais novos”, ou “Para este projeto centrei-me mais num design tecnológico e inovador, usando cores como o preto e azul escuro em contraste com amarelo e laranja brilhante” (Andreia Gomes).
“A principal característica de esta infografia são os seus elementos iconográficos, uma vez que fornecem uma visão mais irónica da situação, tentando dar um toque mais divertido àquilo que nos rodeia atualmente e que não podemos controlar. Sendo assim aparece uma pessoa com um pijama de dinossauro para a regra usa roupa adequada;, como também uma pessoa deitada num sofá para a regra prepara o teu espaço e evita distrações;. (Ana Saavedra).
“A minha ideia consistiu em criar um infográfico eficaz (…) o aspeto visual gráfico, ou seja, ter em conta cores chamativas, tamanho e tipo de letra adequado, (…) ter em conta uma linguagem mais informal e fácil de compreender para todas as idades, criar uma atmosfera mais divertida, leve e prática com a função de contrastar com a rigidez, responsabilidade e aborrecimento das novas extras regras (…) a utilização de pequenas imagens, símbolos e ícones, (…) permite uma maior proximidade e intimidade com os leitores (..). (Lara Ferreira).
(…) escolhi fazer o meu trabalho como se fosse um friso cronológico, colocando passo a passo as regras a cumprir. No fundo coloquei uma gradação de cores entre os tons de roxo e azul escuro”. (Alexandra Álvaro).
“Foi a primeira vez que trabalhei com o programa Canvas e posso dizer que me diverti a pesquisar intensivamente as imagens e os elementos geométricos tentando brincar um pouco com as cores, tendo em conta a faixa etária a que se dirige. Juntei duas das regras (…) complementei uma frase no texto da regra (…) e acrescentei uma regra (…) Fiquei satisfeita com o resultado final, pois dei liberdade à minha criatividade, tentando ser o mais original possível”. (Leonor Jesus).
“Com a minha infografia eu tencionava que expor as regras das aulas online de uma forma simples e apelativa. Do meu ponto de vista foi um pouco desafiante fazer a infografia porque era bastante informação e pouco espaço, mas tirando isso acho que foi exercício engraçado.” (Sara Verde).
“Primeiro li toda e informação e tentei perceber as partes mais importantes, uma vez que tive que
reduzir alguns textos de modo a ter uma melhor organização da infografia. Optei por utilizar um fundo parecido com a madeira, de modo a obter um resultado visual mais ousado, depois lembrei-me de utilizar umas caixas de texto em 3D, para fazer sobressair o texto. (…) No geral eu gostei do resultado final e do processo de construção, diverti-me imenso e explorei um programa que não tinha conhecimento (…). (Inês Magalhães).
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